Camminare insieme: sinodalità
All'apertura del Sinodo a Roma, Papa Francesco cammina con i popoli dell'Amazzonia
Jaime C.Patias IMC
TESTO IN ITALIANO (Texto em português)
News Sarapegbe 8 ottobre 2019
Il tanto atteso Sinodo per l'Amazzonia è iniziato con l'invocazione dello Spirito Santo nella Basilica, vicino alla tomba di San Pietro. Nel cuore della Chiesa di Roma, Papa Francesco si è incontrato in preghiera questo lunedì 7 ottobre, con rappresentanti di popolazioni indigene, fluviali, pescatori, quilombolas, tra le altre popolazioni tradizionali della foresta, delle rive dei fiumi, delle città e dell'interno, sparsi in tutto il vasto territorio pan-amazzonico. Sono arrivati anche i Padri, gli esperti e i revisori del Sinodo convocati da Papa Francesco per i lavori, unendosi ai leaders indigeni, intonando canti e mantra che rappresentano le sfide e le speranze del cammino.
Il Sinodo è iniziato nello stile degli Interecclesiali della CEBs, quegli incontri edificanti nel segno di una Chiesa ministeriale e martiriale. "Ho remato, ho remato, per arrivare fino a qui. Ho remato ho remato per arrivare fino a qui. Sono venuto, canterò la mia gioia."
E la felicità era visibile sul volto di tutti e presto anche sul volto di Papa Francesco che "si è sentito a casa" per lodare e benedire il Signore nella voce dell'Amazzonia.
Los hijos de la selva te alabamos. Señor. Las hijas de la selva te alabamos, Señor ("I figli della selva ti lodano, Signore. Le figlie della selva ti lodano, Signore") La processione si è snodata nel corridoio centrale della Basilica dirigendosi verso la porta principale, poi è discesa per le grandi scale di Piazza San Pietro fino a raggiungere la Sala Paolo VI, dove i lavori sarebbero iniziati di lì a poco. E' questa l'immagine di una Chiesa in uscita missionaria che cammina in comunione con Francesco e remando insieme: è il Sinodo che cerca “nuovi cammini per la Chiesa e per un'ecologia integrale”.
Sempre sorridente e con lo sguardo luminoso, il Papa veniva salutato, riceveva doni e dava benedizioni. La rete, la barca e due remi erano tra i vari simboli provenienti dal territorio amazzonico e sono stati offerti a Papa Francesco a sostegno della sua missione che è quella di guidare la Chiesa " verso acque più profonde". Non sono mancati i martiri ascritti al Regno dei Cieli, come Dorothy Stang, Suor Cleusa, Chico Mendes, Ezequiel Ramin, Marçal de Souza Guarani, Vicente Cañas, Oscar Romero, tra gli altri: Presenti! I loro volti profetici erano stampati sui cartelli portati da coloro che continuano a combattere. Presente anche la testimonianza dei missionari e missionarie che, inseriti nella realtà, rendono la Chiesa più fedele al Vangelo di Gesù Cristo.
Nel suo primo discorso, Papa Francesco ha sottolineato le quattro dimensioni del Sinodo: pastorale, culturale, sociale ed ecologica. Questi saranno i quattro pilastri che guideranno i padri e le madri sinodali e che appaiono già chiaramente nello Strumento di Lavoro, risultato del lungo processo di Ascolto, in preparazione a questo evento che per le tematiche affrontate richiama l'attenzione del mondo. Tutto è interconnesso e perciò la ricerca di nuovi cammini per la Chiesa e per l'ecologia, smuove "altari" e "troni".
Ciò che abbiamo vissuto in questa giornata passerà alla Storia come espressione di comunione ecclesiale, sinodalità e profezia per tutta la Chiesa e l'umanità.
L'evento, che si concluderà il 27, vedrà la partecipazione di 250 partecipanti, tra cui tre presidenti delegati, due segretari, 13 presidenti dei dicasteri - i "ministeri del Vaticano" - 118 vescovi, 55 auditor, 40 donne (il numero più alto mai registrato in tale assemblea) e, per la prima volta nella storia, riceverà un rappresentante delle Nazioni Unite, l'ex segretario generale dell'organizzazione, Ban Ki-Moon.
Jaime C.Patias, IMC. Consigliere Generale per l'America.
Traduzione in italiano di Antonella Rita Roscilli -------------------------------------------------------------------------------
TEXTO EM PORTUGUÊS (Testo in italiano)Caminhar juntos: sinodalidade
por
Jaime C. Patias, IMC
Na abertura dos trabalhos do Sínodo em Roma, Papa Francisco caminha com os povos da Amazônia
News Sarapegbe 8 de outubro de 2019
O tão esperado Sínodo para a Amazônia começou com a invocação do Espírito Santo na Basílica próximo ao túmulo de São Pedro. No coração da Igreja em Roma, o Papa Francisco se reuniu em oração, nesta segunda-feira, 07 de outubro, com representantes de povos indígenas, ribeirinhos, pescadores, quilombolas entre outros povos tradicionais da floresta, dos rios, das cidades e do interior, espalhados no imenso território Pan-Amazônico. Chegaram também, os padres sinodais, peritos e auditores convocados por Francisco para os trabalhos, e foram se misturando com as lideranças, entoando cânticos e mantras que retratavam os desafios e esperanças da caminhada.
O Sínodo começou ao estilo dos Intereclesiais das CEBs, aqueles encontros edificantes com a marca de uma Igreja ministerial e martirial. "Remei, remei, para chegar até aqui (bis). Cheguei, vou cantar minha alegria".
E a felicidade estava no rosto de todos e logo contagiou o Papa Francisco que se “sentiu em casa” para louvar e bendizer o Senhor na voz da Amazônia. "Los hijos de la selva te alabamos. Señor. Las hijas de la selva te alabamos, Señor". A procissão seguiu pelo corredor central da Basílica, saiu pela porta principal, desceu as grandes escadas na Praça São Pedro até chegar à Sala Paulo VI onde em instante se daria início aos trabalhos. Eis a imagem de uma Igreja em saída missionária caminhando em comunhão com Francisco e remando juntos: é o Sínodo buscando “novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.
Sempre sorrindo e com brilho nos olhos, o Papa era cumprimentado, recebia presentes e abençoava. A rede, o barco e dois remos, estavam entre os diversos símbolos vindos do território amazônico e oferecidos ao Papa Francisco em apoio à sua missão de conduzir a Igreja "para águas mais profundas". Não faltaram os mártires que tombaram pelo Reino como Dorothy Stang, Irmã Cleusa, Chico Mendes, Ezequiel Ramin, Marçal de Souza Guarani, Vicente Cañas, Oscar Romero, entre outros, Presente! Seus rostos proféticos estampados nos cartazes carregados por quem segue lutando. Presente, também, o testemunho dos missionários e missionárias que inseridos na realidade fazem a Igreja mais fiel ao Evangelho de Jesus Cristo.
Em sua primeira intervenção, o Papa Francisco frisou as quatro dimensões do Sínodo: pastoral, cultural, social e ecológica. Estes serão os quatro pilares que nortearão os padres e madres sinodais e que já aparecem com clareza no Instrumento de Trabalho, resultado do longo processo de escuta em preparação a esse evento que pelas temáticas abordadas chama a atenção do mundo. Tudo está interligado e por isso, a busca de novos caminhos para a Igreja e para a ecologia, mexe com "altares" e "tronos".
O que vivemos neste dia ficará para a história como expressão de comunhão eclesial, sinodalidade e profecia para toda a Igreja e a humanidade.
O evento, que termina no dia 27, contará com a participação de 250 participantes, entre os quais três presidentes delegados, dois secretários, 13 presidentes de dicastérios - os “ministérios do Vaticano”-, 118 bispos, 55 auditores, 40 mulheres (o número mais alto já registrado em uma assembleia do tipo) e, pela primeira vez na história, receberá um representante da ONU, o ex-secretário geral da entidade, Ban Ki-Moon.
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Jaime C. Patias, IMC. Conselheiro Geral para América.