107a Giornata Mondiale del Migrante e del Rifugiato
Antonella Rita Roscilli
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

                                                                                                                                                                                            Sarapegbe News 26 settembre 2021
"Verso un noi sempre più grande": è questo il tema scelto dal Santo Padre per la 107a Giornata Mondiale del Migrante e del Rifugiato 2021 che si celebra il 26 settembre. Fu istituita dalla Chiesa nel 1914 e viene celebrata l'ultima domenica del mese di settembre, con l'intento di sensibilizzare l'opinione pubblica su quanti di noi, esseri umani, vivono in una condizione di disagio, sofferenza, violenza e marginalità e, per situazioni politiche, sociali e climatiche  sono costretti a cercare un posto migliore per poter continuare a vivere.

Quest'anno, con il titolo Verso un noi sempre più grande, Papa Francesco lancia un appello "perché non ci siano più muri che ci separino, non ci siano più gli "altri", ma solo un "noi", grande come l’intera umanità". Molte volte si crea una barriera tra il "noi" e il "loro" ove vengono relegati gli "altri", coloro che consideriamo diversi da "noi" per cultura, religione, colore della pelle. Così si costruiscono barriere e alti muri di confine. "Loro" sono anche anche le persone migranti e i rifugiati che chiedono disperatamente aiuto e che spesso muoiono annegati sulle carrette del mare o durante il pericoloso tragitto nel deserto. Tanto tempo fa anche "noi" italiani eravamo quegli emigranti sulle carrette del mare e, fuggendo da guerra e miseria, bussavamo alle porte di altri paesi che ci hanno accolto e ci hanno fatto integrare in altre società.

Si dovrebbe studiare maggiormente la storia. Gli "altri" siamo anche "noi". In realtà, come sottolinea Papa Francesco, il "loro" non può esistere sul pianeta terra. Siamo tutti esseri umani, siamo tutti "noi", tutti insieme, e non possiamo sprofondare nel baratro della disumanità. Perciò occorre riflettere su questo e rafforzare il nostro senso umano. Nel suo Messaggio , diffuso lo scorso maggio, il Papa esorta tutti ad impegnarsi per abbattere quei muri che ci separano e costruire ponti che favoriscano la cultura dell’incontro, consapevoli dell’intima interconnessione che esiste tra noi. In questa prospettiva – sottolinea il Papa - le migrazioni contemporanee ci offrono l’opportunità di superare le nostre paure per lasciarci arricchire dalla diversità del dono di ciascuno. Allora, se lo vogliamo, possiamo trasformare le frontiere in luoghi privilegiati di incontro, dove può fiorire il miracolo di un noi sempre più grande.

La Giornata Mondiale del Migrante e del Rifugiato dovrebbe spingere tutti i cristiani ad affrontare le questioni poste dai flussi migratori come una sfida per mettere in pratica e testimoniare i valori della carità e della misericordia, dell’impegno verso chi è meno fortunato, verso chi ha bisogno della nostra mano. Noi tutti abbiamo la responsabilità di prenderci cura l’uno dell’altro in nome della nostra umanità in questo pianeta che è la nostra Casa Comune.

Quindi un noi che non contempla le chiusure, un noi che include, che abbraccia, che considera nostro fratello chi fugge dalle disastrose condizioni che vengono perpetrate in alcuni Stati del continente africano e mediorientale travolti dalle guerre spostandosi verso l’Europa, chi cerca di raggiungere gli Stati Uniti d’America dalle terre più a sud, chi fugge dalle terre asiatiche travolte dalla violenza, come il Myanmar o come il dramma dell’Afghanistan.

Inoltre, "l’incontro con migranti e rifugiati di altre confessioni e religioni è un terreno fecondo per lo sviluppo di un dialogo ecumenico e interreligioso sincero e arricchente» (Discorso del Santo Padre ai Direttori Nazionali della Pastorale per i Migranti, 22 settembre 2017). Nel suo Messaggio il Papa fa un appello a tutti gli uomini e le donne del mondo affinché camminino insieme verso un noi sempre più grande, per  ricomporre la famiglia umana, per costruire assieme un futuro di giustizia e di pace, assicurando che nessuno rimanga escluso.

Il futuro delle nostre società è un futuro “a colori”, arricchito dalla diversità e dalle relazioni interculturali. Per questo dobbiamo imparare oggi a vivere insieme, in armonia e pace. perché alla nostra Casa comune sia assicurata la giusta cura, dobbiamo costituirci in un noi sempre più grande, sempre più corresponsabile, nella forte convinzione che ogni bene fatto al mondo è fatto alle generazioni presenti e a quelle future. Si tratta di un impegno personale e collettivo, che si fa carico di tutti i fratelli e le sorelle che continueranno a soffrire mentre cerchiamo di realizzare uno sviluppo più sostenibile, equilibrato e inclusivo.


© SARAPEGBE.                                                     
E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione

 

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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

por

Antonella Rita Roscilli

             



                                                                                       

                                                                                                                                                                Sarapegbe News 26 settembre 2021

Rumo a um nós cada vez maior: este é o tema escolhido pelo Santo Padre Papa Francisco para o 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2021, que se celebra no dia 26 de setembro. Instituído pela Igreja em 1914,  é celebrado no último domingo de setembro, com o objetivo de conscientizar a população do mundo sobre os seres humanos que vivem em condições de privação, sofrimento, violência e marginalização. Devido à situações políticas, sociais e climáticas são obrigadas a buscar um lugar melhor para continuar vivendo.

Este ano, com o título Rumo a um nós cada vez maior, o Papa Francisco lança portanto um apelo “para que não haja mais paredes que nos separem, nunca mais “outros”, mas apenas um “nós”, tão grande como toda a humanidade. "Muitas vezes, uma barreira é criada entre" nós "e "eles "onde eles, ou seja os "outros"vem sendo relegados. São os que consideramos diferentes de "nós "pela cultura, religião, cor da pele ou classe social. Assim, crescem as barreiras e se criam fronteiras, muros.  "Eles" seriam também os migrantes e os refugiados que pedem ajuda desesperadamente e que muitas vezes morrem afogados no mar ou  ou durante as perigosas travessias.  

Na realidade, como o Papa Francisco sublinha que o "eles", enquanto palavra, não pode existir no planeta Terra, pois somos todos seres humanos, somos todos "nós", todos juntos e conectados, e não podemos afundar no abismo da desumanidade, da indiferência, da insensibilidade. Precisamos refletir muito sobre isso e fortalecer nosso sentido de seres Humanos, nossa humanidade. Na sua Mensagem, divulgada em maio passado, o Papa exorta todos a se empenharem na derrubada dos muros que nos separam e na construção de pontes que favoreçam a cultura do encontro, conscientes da íntima interconexão que existe entre nós.

Nesta perspectiva - sublinha ainda o Papa - as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada um. Então, se quisermos, podemos transformar as fronteiras em pontos de encontro privilegiados, onde pode florescer um milagre cada vez maior .

O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado deve levar todos os que se dizem cristãos a enfrentar as questões colocadas pelos fluxos migratórios, como um desafio para colocar em prática e testemunhar os valores da caridade e da misericórdia, do compromisso com os menos afortunados, com os que precisam de uma ajuda.  Todos nós temos a responsabilidade de cuidar uns dos outros em nome de nossa humanidade neste planeta que é nossa Casa Comum.

Portanto, um nós que não contempla fechamentos, e sim um nós que inclui, que abraça, que considera nossos irmãos os que fogem das condições desastrosas que se perpetram em alguns estados do continente africano e do Oriente Médio devastados por guerras, os que se deslocam para a Europa, os que tentam chegar aos Estados Unidos da América desde as terras mais ao sul, os que deslocam para o Brasil, que fogem de terras asiáticas dominadas pela violência, como Mianmar ou a tragédia do Afeganistão.

Além disso, "o encontro com os migrantes e refugiados de outras confissões e religiões é um terreno fértil para o desenvolvimento de um diálogo ecumênico e inter-religioso sincero e enriquecedor" (Discurso do Santo Padre aos Diretores Nacionais da Pastoral dos Migrantes, 22 de setembro 2017). E na Mensagem o Papa ainda escreve para todos os homens e mulheres do mundo, para que caminhem juntos para um nós cada vez maior, para recompor a família humana, para construir juntos um futuro de justiça e paz, zelando para que ninguém seja excluído.

O futuro das nossas sociedades é um futuro "colorido", enriquecido pela diversidade e pelas relações interculturais. É por isso que devemos aprender hoje em dia a viver juntos, em harmonia e paz. Para que à nossa Casa Comum, a este planeta Terra, seja assegurado o cuidado adequado, devemos transformar  nós mesmos num nós cada vez maior, cada vez mais temos que ser mais corresponsáveis, na forte convicção de que todo bem feito no mundo se dirige às gerações presentes e futuras. Trata-se de um compromisso pessoal e coletivo, que cuida de todas as nossas irmãs e os nossos irmãos que continuarão sofrendo enquanto buscamos alcançar um desenvolvimento mais sustentável, equilibrado e inclusivo.
 


© SARAPEGBE.                                                     
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Traduzione in portoghese di A.R.R.